domingo, 30 de outubro de 2011

NOTICIA DO GUERREIRO ALCINO

Por: Dr. Archimedes Marques

Guerreiros são pessoas
São fortes, são frágeis
Guerreiros são meninos
Por dentro do peito
Precisam de um descanso
Precisam de um remanso
Precisam de um sonho
Que os tornem perfeitos

(GONZAGUINHA)


Estive agora pela manhã junto com a minha esposa Elane a visitar o nosso amigo, o Decano, o Caipira de Poço Redondo, o convalescente de uma recente cirurgia, mas o que encontrei foi o Guerreiro Alcino pronto para nova batalha, um homem forte em todos os sentidos, mas frágil na emoção, um homem-menino que trás dentro do peito uma alegria sem tamanho, que irradia uma luz divina, que fortalece os mais fracos, os mais necessitados que o cercam. Um homem que também precisa de um descanso, de um remanso, mas que não se sente cansado, volta à luta sem reclamar. Um homem que vive os seus sonhos para se tornar perfeito. Um verdadeiro GUERREIRO MENINO.

Eu que estava fraco e meio triste por ter me submetido a uma cirurgia bariátrica que terminou sendo de alto risco em virtude de várias complicações na própria fase operatória e pós-operatória, voltei renovado, voltei fortificado com a luz irradiante que me passou o GUERREIRO MENINO ALCINO e agora também vou continuar com meus sonhos em busca da perfeição com bem diz o poeta imortal Gonzaguinha.


Muito obrigado  amigo Guerreiro Menino Alcino!...
(Archimedes Marques. Delegado de Policia no Estado de Sergipe. Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br
Matéria enviada para este blog pelo Dr. Archimedes Marques, delegado de Polícia Civil no Estado de Sergipe.

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destaques/noticia+do+guerreiro+alcino

sábado, 29 de outubro de 2011

A trajetória e o horror do crack

Por: Archimedes Marques


Archimedes Marques é Delegado de Polícia no estado de Sergipe.  Tem Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Pública pela Universidade Federal de Sergipe)
archimedes-marques@bol.com.br

Os fatos criminosos, as consequências horripilantes na área social e familiar e o sortilégio causado ao usuário do crack, comprovam que essa droga, sem sombras de dúvidas, é mais perigosa do que todas as outras juntas.

De poder avassalador e sobrenatural, o crack sempre vicia o usuário quando do seu primeiro experimento e o que vem depois é a tragédia certa. Crack e desgraça são indissociáveis e quase palavras sinônimas. O crack é a verdadeira degradação humana.

Há alguns anos atrás, quando o crack foi introduzido no Brasil, em especial em São Paulo, seu uso estava praticamente restrito a classe paupérrima da nossa sociedade devido ao seu baixo custo de venda, começando assim a sua trajetória com os moradores de rua que eram viciados em álcool, maconha ou em cheirar cola e que assim viam naquela nova e poderosa droga mais barata e acessível, a pretensa solução para resolver ou para esquecer dos seus problemas.

Na época as autoridades constituídas viviam as ilusões de que esse subproduto da cocaína não sairia do consumo dos mendigos, dos pobres, dos desafortunados e dos desgraçados, por isso pouco se importavam com a problemática, contudo, o seu consumo rompeu esse quadrilátero, conquistou as demais classes sociais, expandindo-se rapidamente, virando uma epidemia nacional e aí, diante do clamor público, o Estado passou a correr atrás do prejuízo.

A dimensão da tragédia é difundida nos diversos Estados da Nação através de reportagens jornalísticas que comprovam o retrato devastador em todos os lugares possíveis e imagináveis aonde chegou o filho mortal da cocaína. O crack invadiu grandes e pequenas cidades, periferias e lugares de baixa a alta classe social, municípios, povoados, zona rural e já chegou até às aldeias indígenas.

O fracasso da política antidrogas do governo federal é estampado nos quatro cantos do Brasil. A cada reportagem televisiva assistimos atônitos pessoas adultas, jovens, adolescentes e crianças consumindo o crack, deitados no chão das praças, das calçadas, debaixo dos viadutos, das marquises, sem se incomodarem com nada ou mesmo correndo em desespero, vivendo aquele mundo imaginário, sem perspectiva de vida alguma.

Meninos e meninas na flor da idade se prostituem até por 1 real e praticam qualquer ato ou tipo de crime possível em busca do crack. Famílias inteiras se desesperam vendo os seus entes queridos buscando o fundo do poço pelo crack.

O crack trás a morte em vida do seu usuário, arruína a vida dos seus familiares e vai deixando rastros de lágrimas, sangue e crimes de toda espécie na sua trajetória maligna. Assistimos recentemente com imensa tristeza e pesar uma reportagem mostrada na TV Record em que crianças recém nascidas de mães viciadas em crack, são também barbaramente atingidas pelos efeitos nefastos da droga.

Nascem como se viciadas fossem, com crises de abstinências, com compulsão à droga, tremores, calafrios e com problemas físicos diversos, principalmente com lesões no cérebro que provavelmente os levarão às demências ou a outros tipos de problemas inerentes, ou seja, uma nova geração de vítimas do crack sem sequer ter consumido a droga por vontade própria. A maioria das mães drogadas também perdem o instinto materno e terminam doando os seus filhos debilitados.

Ao contrário da maioria das drogas, o crack não tem origem ligada a fins medicinais, muito pelo contrário, ele nasceu para alterar o estado mental do usuário, para viciá-lo de maneira sobrenatural e para aniquilar todos os seus órgãos, levando-o a uma morte breve, mas sofrível para si e para todos que o cercam.

A cocaína gerou o crack para terminar de arrasar as diversas gerações que dele buscam sensações diferentes, mas que não imaginam que na verdade caminham para a desgraça absoluta. Achando pouco os efeitos insanos da droga mãe, o homem adicionou ao lixo do processo da sua fabricação, alguns produtos químicos altamente nocivos e perigosíssimos para a saúde humana para depois repassá-la ao seu semelhante como passaporte para a morte.

Absurdamente são adicionados à borra da cocaína para compor uma fórmula maligna e cruel, a amônia que é usada em produtos de limpeza, o ácido sulfúrico que é altamente corrosivo e usado em baterias automotivas, querosene, gasolina ou outro tipo de solvente que é para dar a combustão ao produto e, para render aumentando a sua lucratividade, a cal virgem, ou cal viva que também é tóxica e usada em construções ou plantações, que ao serem misturados e manipulados se transformam numa pasta endurecida de cor branca caramelizada onde se concentra mais ou menos 40% a 50% de cocaína. Assim nasceu o crack para o bem do traficante, para o mal da sociedade e para o horror da humanidade.

A fumaça altamente tóxica do crack é rapidamente absorvida pela mucosa pulmonar excitando o sistema nervoso, causando euforia e aumento de energia ao usuário, com isso advém, a diminuição do sono e do apetite com a consequente perda de peso bastante expressiva. Logo o usuário sente a aceleração ou diminuição do ritmo cardíaco, dilação da pupila e a elevação ou diminuição da pressão sanguínea, ou seja, uma transformação total da sua normalidade física.

Com o tempo o crack causa destruição de neurônios e provoca ao seu usuário a degeneração dos músculos do seu corpo, conhecida na medicina como rabdomiólise, o que dá aquela aparência esquelética ao indivíduo, ou seja, ossos da face salientes, pernas e braços finos e costelas aparentes.

O usuário do crack pode ter convulsão e como consequência desse fato, pode levá-lo a uma parada respiratória, coma ou parada cardíaca e enfim, a morte. Além disso, para o debilitado e esquelético sobrevivente seu declínio físico é assolador, como infarto, dano cerebral, doença hepática e pulmonar, hipertensão, acidente vascular cerebral (AVC), câncer de garganta e traquéia, além da perda dos seus dentes, pois o ácido sulfúrico que faz parte da composição química do crack assim trata de furar, corroer e destruir a sua dentição.

O crack vai destruindo o seu usuário em vida ao ponto dele perder o contato com o mundo externo, se tornando uma espécie de zumbi, ou morto-vivo, movido pela compulsão à droga que é intensa e intermitente. Como os efeitos alucinógenos têm curta duração, o usuário dela faz uso com muita frequência e a sua vida passa a ser somente em função da droga.

Ainda não existem estatísticas oficiais nos Estados brasileiros que venham a comprovar o rastro da devassidão e desgraça causada pelo crack, entretanto já se comentam que as vítimas fatais mensais superam em dobro as vítimas de acidentes de trânsito, e em assim sendo, considerando que o Brasil sempre está nas primeiras colocações em mortes de transito no contexto mundial, conclui-se, portanto, que estamos caminhando para o caos absoluto por conta dessa droga.

Pelas matérias jornalísticas observa-se que o Estado do Rio Grande do Sul é o mais atingido pela tragédia do crack. Segundo o Jornal Zero Hora, há cinco usuários de crack para cada grupo de mil gaúchos, enquanto que é previsto para até o final do ano de 2012, apesar da grande taxa de mortalidade, que essa população de zumbis alcance o número de 300 mil componentes.

Já aqui no nordeste, mais de perto em Salvador, capital da Bahia, é fato em notícia que 80% das pessoas com idade entre 12 a 25 anos que vem a óbito são egressos do crack e morrem do crack ou pelo crack.

A dificuldade que o dependente do crack tem ao querer deixar o seu consumo também é imensa e requer uma força de vontade fora do comum, diferente do que acontece com os usuários das outras drogas.

A Universidade Federal de São Paulo atestou uma pesquisa que acompanhou a trajetória de 131 usuários de crack após 12 anos da saída dos mesmos de um hospital de tratamento, chegando a seguinte conclusão: Apenas 33% se recuperaram e venceram a droga, enquanto que 67% foram derrotados, e desse número, 17% continuavam dependentes, 20% desapareceram, 10% estavam presos e 20% foram mortos em decorrência do mal da droga ou assassinados por conta dela.

Conclui-se assim que estamos caminhando para uma espécie de genocídio, ou seja, morte em massa decorrente de ações de uma causa só, conforme previu o traficante colombiano Carlos Lehder Rivas, preso e condenado nos Estados Unidos da América em 1985, ao afirmar naquela data que o crack seria a terceira bomba atômica a ser lançada contra a humanidade e que iriam morrer mais pessoas do que todas as guerras mundiais juntas.

Correndo contra o tempo o Ministério da Saúde lançou um Programa emergencial em junho de 2009 que prevê investimentos na ordem de 118 milhões de reais até o fim de 2010, com proposta de aumentar o número de leitos e de profissionais dedicados à saúde mental, assim como, de instalações de novos núcleos de apoio à saúde da família e centros de atenção psicossocial, entretanto, essa verba, mostra-se pequena para a extensão da gravidade do problema.

Enquanto isso, milhares de pessoas no Brasil ingressam na Justiça com ações contra o Estado pleiteando direito à indenização ou ao tratamento adequado em clínicas particulares para os seus familiares viciados que estão vivendo o drama do crack. Nesse sentido o Estado de Sergipe é exemplo nacional através do Juiz de Direito da Comarca de São Cristóvão, Manoel Costa Neto, que além de desenvolver um trabalho de conscientização contra os riscos do uso dessa droga.

Vem decidindo em sentenças justas e humanitárias, através das ações individuais apoiadas pelo Ministério Público e posteriormente por conta de uma Ação Civil Pública ingressada pela Defensoria Pública, que todo aquele dependente químico, principalmente do crack, que reside dentro da circunscrição daquele município, já pode ter do Governo a compensação no seu tratamento, ou seja, o Estado está sendo obrigado a arcar com as despesas dos drogados em clínicas particulares.

O crime organizado continua investindo pesado do tráfico de drogas. Muita cumplicidade perversa promove e mantém o crack no seio da nossa sociedade. Tudo prolifera e floresce com muito arranjo sinistro. A política de repressão ao tráfico não esta sendo suficiente para conter o avanço do crack. A Polícia, apesar de todos os esforços empreendidos, com prisões e apreensões diariamente de muitos traficantes e de grandes quantidades de crack, não é forte o bastante para vencer essa batalha.

Assistimos também desolados, jovens e crianças abandonando as escolas e recrutados pelo tráfico em troca do crack e algumas migalhas em dinheiro. O documentário apresentado pela Rede Globo no programa Fantástico no ano de 2006 denominado “Falcão - meninos de tráfico” comprovou essa triste realidade brasileira. Durante as gravações, 16 dos 17 meninos “falcões” entrevistados morreram, sendo 14 em apenas três meses, vítimas da violência na qual estavam inseridos.

Por sua vez, apesar de tudo isso, apesar dessa realidade brutal e com perspectivas de piorar ainda mais a sua problemática, sentimos o poder público ainda meio tímido, sem verdadeira vontade política para debelar tal situação.

O Estado tem a obrigação de investir em massa não só na área curativa do mal, mas também na repressão e principalmente na prevenção que é a raiz da problemática, elaborando projetos que efetivamente influenciem os nossos jovens a nunca experimentar droga alguma, em especial o crack, ou então teremos taxas de mortalidade inaceitáveis com o suposto genocídio em ação, tragédias familiares e sociais no extremo, além do aumento geométrico da criminalidade, destarte para os crimes de furto, roubo, homicídio e latrocínio por conta dessa droga avassaladora.

Aliados a tais medidas governamentais é preciso também da conscientização popular principalmente na área da educação. Dentre as formas de prevenir está a questão de se oferecer atividades escolares extracurriculares que despertem mais atenção dos estudantes, além de um convívio mais profundo e dialogado entre alunos com professores, psicólogos e especialistas, assim como, entre pais e filhos, para enfim, lutarmos com todas as forças possíveis contra essa epidemia.

Não podemos achar que a polícia e a medicina resolverão os problemas, que, muitas vezes, se iniciam nos lares, escolas, festas, shopings center e outros lugares de convivência social, principalmente dos jovens, mais expostos, por vários motivos, à atração do mundo das drogas.

Archimedes Marques, Delegado de Polícia, tem Pós-Graduado em Gestão Estratégica de Segurança Publica pela Universidade Federal de Sergipe) archimedes-marques@bol.com.br

Enviado para este blog pelo  autor:
Dr. Archimedes Marques.

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sexta-feira, 28 de outubro de 2011

JEREMOABO, O Cangaço e Zé Rufino

Por: Pedro Son


Em 28 de Julho de 1938, morreu Lampião, este lendário personagem histórico, fonte de estudos dos mais diversos, cantado em verso e prosa e ainda hoje dividindo opiniões mais extremas que ora o coloca como herói e outras como bandido. Jeremoabo está intrinsecamente ligado a este movimento, sendo fonte fornecedora de muitos cangaceiros e de muitos soldados da volante, mas, principalmente, porque aqui nasceu Maria Bonita.

Maria Bonita

Exatamente em nosso município, na localidade Malhada de Caiçara, no município de Santa Brígida, em 1911, nesta época pertencente ao município de Jeremoabo.

A saga do cangaço perdurou entre os anos 1920 e 1930 quando nosso município era o centro mais importante de toda esta região Nordeste da Bahia e, por isso, aqui se concentravam as volantes, contingente de cidadãos recrutados para o combate ao cangaço, dando um dinamismo sócio-econômico importante a Jeremoabo, embora, por outro lado, atraísse a violência e o medo para nossa população, marcados com a atuação cruel dos perseguidores e perseguidos.

Antonio Amaury

Segundo o pesquisador Antonio Amaury Correa de Araujo, as cidades mais importantes para o Cangaço foram Vila Bela, atual Serra Talhada (PE), Jeremoabo (BA), Uauá (BA), Floresta (PE), Piranhas (AL), Delmiro Gouveia (AL), Poço Redondo (SE), Porto da Folha (SE) e Glória (BA). “Foram locais onde funcionaram as sedes das volantes ou de passagens de Lampião”, afirmou Corrêa.

Lampião

Neste contexto, temos que destacar a figura de Zé Rufino, o implacável caçador de cangaceiros, que aqui residiu, fez família e se tornou, por opção, cidadão jeremoabense.

Zé Rufino

O matador de Corisco, página mais lida de sua história, começa a ter sua biografia destacada. Nascido José Osório de Farias, sanfoneiro afamado em seu estado natal, Pernambuco, Zé Rufino foi convidado por Lampião para integrar o bando, que sonhava com sua sanfona alegrando o bando, recusando, e entrando na volante para fugir da vingança do rei do cangaço, que não aceitava uma negativa. Meses depois José Osório engajou-se à polícia chegando a receber graduação de tenente, e a partir daí surgiu o Tenente Zé Rufino. Chegou rapidamente a oficial, alcançando a posição de coronel da Policia Militar da Bahia. Participando de inúmeros combates, Zé Rufino matou muitos cangaceiros, tendo se tornado um dos mais respeitados chefes militares na perseguição ao cangaço, tendo dado fim aos cangaceiros Pai Véi, Mariano, Barra Nova, Zepellin, Canjica, Zabelê, etc., mas Corisco, sem dúvida, foi o que mais lhe deu fama.

O cangaceiro Corisco

Mas o fato que terminou pegando Lampião de surpresa, numa emboscada que ocasionou sua morte, tem também algo a ver com Zé Rufino. Cansado de ver o estrago que o comandante fazia no cangaço, Lampião manda uma mensagem a Corisco que dizia: “Vamos dar uma lição em Zé Rufino, que está querendo passar de pato a ganso.” E acertaram um encontro exatamente na Grota do Angico para acertar uma emboscada contra o então tenente José Osório de Farias, conhecido como Zé Rufino. Para Lampião, o tenente andava ‘atrapalhando’ e era hora de tomar providências. Surpreendido pela volante, não houve tempo para colocar em prática a emboscada contra Zé Rufino.

Passados os anos turbulentos das perseguições aos cangaceiros, Zé Rufino comprou fazendas na região de Jeremoabo, e aqui viveu até seu derradeiro suspiro. Lembro-me, pequeno, de vê-lo, tranqüila e calmamente, andando pelas ruas de nossa cidade, ou sentado nas barbearias contando um pouco de suas aventuras. Ano passado, sua vida e história foi tema da Conferência de Abertura do Cariri Cangaço 2010, realizado dia 17 de agosto na cidade de Barbalha-CE, com o pesquisador Antônio Amaury Correia de Araujo.

Obs.: publicado no site

MUNICÍPIO DE CRUZ, FORÇA VIVA DA TERRA DA LUZ

Por: Dr. Lima
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Cruz/CE. Cidade próspera e hospitaleira. Desmembrada do município de Acaraú em 1985, situada ao lado esquerdo da foz do Rio Acaraú, distante 260 km de Fortaleza. Seu nome originou-se de uma cruz fincada à margem de uma lagoa para demarcar o local onde um homem havia tombado. Duas lendas procuram explicar a morte do infortuno. Uma diz que se tratava de um retirante que havia morrido de fome e outra explica que foi um homicídio por causa da desonra de uma donzela. A cidade de Cruz fica situada entre as cidades de Acaraú, Bela Cruz, Jijoca de Jericoacoara e o Distrito de Aranaú. Suas praias, Preá e Formosa, ficam distante 36 km da sede, seguindo pela CE – 085, até Lagoa dos Monteiros. Daí até à praia são 12 km de piçarra passando pelas comunidades de Córregos dos Ana, Vila de Caiçara, Cavalo Bravo e Preá. Tem como principais atividades econômicas um comércio varejista atuante, castanha de caju, produção de farinha de mandioca e coco. O artesanato de linha e a confecção feminina são responsáveis pela absorção da maior parte da mão de obra feminina do município.

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Durante os seus 26 anos de emancipação, Cruz construiu alguns monumentos em homenagem ao seu povo e aos ilustres cidadãos que prestaram relevantes serviços ao município.
A estátua do Monumento Francisco de Assis, o mais querido de todos os Santos. Nasceu na Itália em 1.182 e faleceu em Assis aos 3 de outubro de 1.226. Teve como escultor, o Professor João Bosco do Vale. Inaugurado em 11 de março de 1990, pelo então Prefeito Antônio Raimundo de Araújo Neto. Situado na entrada leste da cidade, o monumento expressa a religiosidade de seu povo que tem como mentor espiritual o Cônego Manoel Valdery da Rocha. Uma homenagem do povo de Cruz àquele que os antepassados desta terra escolheram como seu Padroeiro.

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Na Praça Monsenhor José Edson Magalhães, ao lado da Igreja Matriz de São Francisco de Assis, Padroeiro de Cruz, está o busto do seu Patrono. Uma homenagem da cidade ao seu primeiro Pároco de Cruz, no período de 6 de abril de 1.958, quando foi erigida a Paróquia, permanecendo até 5 de setembro de 1.965. O monumento foi uma homenagem ao seu Jubileu de Ouro Sacerdotal, em 14 de janeiro de 2008, construído pelo Prefeito Jonas Muniz.
Memorial – construído na Praça Francisco Araújo Muniz, no Centro de Cruz, dedicado aos que na vida, amaram esta terra e lutaram para vê-la livre, a homenagem do povo de Cruz, que conservará, na memória, os belos testemunhos de patriotismo, lealdade e honradez, dos homens e mulheres que construíram nossa cidade hoje e sempre. Inaugurado em 23 de setembro de 1.989,
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pelo então Prefeito Antônio Raimundo de Araújo Neto.

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A estátua do Senhor Bernardino José do Nascimento (Bena Malaquias) homenageia um de seus filhos ilustres, construída em 2002, pelo Prefeito Manoel Nelson Silveira.
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As colunas representam o marco de inauguração da CE – 179. Estrada asfaltada pelo Governo do Ceará Cid Ferreira Gomes, ligando as cidades de Cruz e Bela Cruz em uma extensão de 18 km.

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O Santo Cruzeiro, símbolo da religiosidade do povo da Vila de Caiçara, distante 30 km da sede, foi construído há 70 anos para realização das Santas Missões. O povo zela e celebra missas no local. Agora, a comunidade católica prepara-se para festejar seu Jubileu de 75 anos.

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A Cruz, que deu nome a cidade, fincada a margem de uma lagoa demarca o local onde sucumbiu o homem que morreu de fome ou assassinado, de acordo com as duas versões apresentadas pelos historiadores.

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O Salão Paroquial, construído com a colaboração e doação do povo da comunidade, teve sua madeira transportada em lombo de animais e ombros de homens fortes e guerreiros que a trazia de matas distantes para construção das tesouras. Durante muitos anos serviu de local para realizações de grandes eventos, dentre eles a instalação do município e a posse do primeiro Prefeito João Muniz Sobrinho em 1º de janeiro de 1986. Hoje, é local de funcionamento da ZYL – 383 – Rádio FM Comunitária 6 de Abril 98,7 MHz, a serviço da cultura, da evangelização, informação e entretenimento. Sempre ao lado do povo em todos os momentos de sua vida.

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A Igreja Matriz de São Francisco de Assis teve inicio em 1884 com a construção de uma capela feita pelos senhores Francisco Bernardino de Albuquerque e Albano José da Silveira em devoção a São Francisco cujos festejos acontecem aos 4 de outubro, feriado municipal. Com a instalação da Paróquia aos 6 de abril de 1958, teve como primeiro Vigário José Edsom Magalhães que permaneceu até 1965 com a chegada do recém formado Pe. Valdery que ainda administra a Paróquia.

Dr. Lima/Engenheiro Agrônomo/Radialista

terça-feira, 25 de outubro de 2011

ESCÂNDALO DAS ÁGUAS NO PA LAGOINHA/SOLIDÃO

Por Dr. Lima
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Bela Cruz. È inacreditável o que vem acontecendo com relação aos projetos de abastecimento de água no PA Lagoinha/Solidão, área de assentamento do Programa de Reforma Agrária do Governo do Estado, situada no município de Bela Cruz, em Conflito Agrário há dez anos. Trata-se de desvios de recursos destinados ao assentamento com a finalidade de oferecer água aos assentados o que acabou ainda não acontecendo.

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Logo no inicio do assentamento, em 1998, o Projeto São José destinou uma verba no valor de R$ 10.085,94, para implantação de um sistema de abastecimento de água constando um poço profundo, caixa d’água e rede de distribuição. O sistema não foi concluído. Nunca funcionou. Foi colocado um motor a diesel velho e enferrujado que não funcionava mais.

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O Contrato com a empresa R. N. Irrigação e Engenharia Ltda, que ganhou a licitação no valor de R$ 9.185,00, tem a assinatura do presidente da associação falsificada e o restante do dinheiro desapareceu. Posteriormente, o sistema foi destruído, a caixa d’água foi desmontada, os canos retirados e o poço aterrado. Uma atitude de insubordinação e vandalismo que foi praticada pelo grupo que manipula a diretoria, cujo “presidente” funciona como “laranja”. Os canos da rede de distribuição também foram retirados.

O cacimbão, que já existia por ocasião da compra da propriedade, também foi destruído. Por falta de manutenção desmoronou enterrando a eletrobomba. Recursos do PRONAF – A, no valor de R$ 7.000,00, destinado à perfuração de um poço profundo, não foi aplicado e o dinheiro desapareceu sem que a “diretoria” desse qualquer explicação aos associados. 

A Prefeitura de Bela Cruz iniciou a perfuração de um poço profundo dentro do assentamento, colocando placa e material no local, mas por causa do Conflito Agrário, retirou o material e transferiu o poço para outra localidade. O projeto 1 Milhão de Cisternas construiu algumas unidades beneficiando apenas seis famílias das 27 existentes no assentamento. Agora, foi instalada uma nova rede de distribuição de água, com poço situado no município de Cruz há mais de 20 km de distância, mas nem todas as residências da localidade que precisam de água foram beneficiadas e dentro do assentamento existe casa que não recebeu a encanação para abastecimento de água. Ninguém acredita que a água chegue ao local, pois além da distância, trata-se de uma região bastante alta ficando situada acima da linha de carga. Os assentados não conseguem entender porque não há providências por parte das autoridades competentes, uma vez que várias denúncias já foram feitas, mas nenhum procedimento foi adotado no sentido de coibir estes crimes que vem sendo praticados no assentamento. Várias investigações foram feitas, mas até o presente ninguém foi punido. Também não se consegue entender porque este Conflito Agrário ainda não despertou o interesse da grande mídia uma vez que se trata do Maior Conflito Agrário do Brasil, por causa dos muitos crimes bárbaros já foram praticados.

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As casas do assentamento não foram todas concluídas, muitas estão abandonadas, enquanto não assentados que tomaram conta do assentamento exibem seus casarões luxuosos construídos com os recursos que foram destinados à implantação de projetos que nunca foram realizados.

Dr. Lima

http://limagronomiacruzce@yahoo.com.br

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A CACHOEIRA DE PAULO AFONSO

Por: João de Sousa Lima

Ao longo do tempo a cachoeira de Paulo Afonso foi explorada por diversas expedições de aventureiros, curiosos, fotógrafos, desenhistas, poetas e autoridades. A verdade é que todos se prostraram extasiados diante de sua beleza e magnitude.
Dentre seus visitantes mais ilustres, destaca-se a visita do Imperador
Dom Pedro II, realizada em 20 de Outubro de 1859. Eis suas palavras diante da magnífica cachoeira:
“...Tentar descrever a Cachoeira em poucas páginas, e cabalmente, seria impossível, e sinto que o tempo só me permitisse tirar esboços imperfeitos...”
(Dom Pedro II)
A cachoeira já teve os nomes de: Sumidouro, Forquilha e Cachoeira Grande e apesar das inúmeras versões do seu atual nome, só depois do ano de 1725 é que se encontram documentos registrados nos arquivos do Brasil e de Portugal: em 03 de Outubro de 1725 o sertanista Paulo de Viveiros Afonso recebe uma sesmaria nas terras da Província de Pernambuco cujo limite é exatamente as quedas d'água. Estendendo seus limites para além da Cachoeira, Paulo de Viveiros Afonso teria criado já em terras baianas, o Arraial que ficou conhecido como Tapera de Paulo Afonso.
O nosso poeta maior, o grande Castro Alves, rendeu-se aos encantos da cachoeira e nos deixou esta pérola poética:
“A cachoeira! Paulo Afonso! O abismo!
A briga colossal dos elementos!
As garras do Centauro em paroxismo
Raspando os flancos dos parceis sangrentos.
Relutantes na dor do cataclismo
Os braços do gigante suarentos
Agüentando a ranger (espanto! assombro!)
O rio inteiro, que lhe cai do ombro...”
A cachoeira despertou também o interesse comercial através da figura ilustre e inesquecível de
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Delmiro Gouveia, que acobertado pelo decreto 520, de 12 de Agosto de 1911, conseguiu a concessão para o aproveitamento da cachoeira, na geração de energia, com a finalidade de mover as máquinas da sua fábrica de linhas. Em 1913, foi inaugurada a Usina Angiquinho a qual funcionaria até o ano de 1960.
A cidade de Paulo Afonso, localizada na Região Nordeste da Bahia, pertencia ao município de Glória (antiga Santo Antonio da Glória do Curral dos Bois), com base na Lei Estadual 62, de 30 de janeiro de 1953, até a sua emancipação em 28 de julho de 1958, (exatamente vinte anos após a morte de Lampião que se deu em 28 de julho de 1938). Depois de uma longa batalha política encabeçada por Abel Barbosa e Silva, então Vereador, a Câmara Municipal aprovou a Indicação para emancipação política de Paulo Afonso, em 10 de outubro de 1956, o projeto de Lei 910/57, do Deputado Clemens Sampaio, foi aprovado pelos Deputados baianos e sancionado pelo Governador Antônio Balbino, em 28 de julho de 1958, publicado no Diário Oficial de 02 de agosto de 1958.
Na fotografia acima uma rara fotografia de Santo Antonio  da Glória do Curral dos Bois.Ao lado uma linda pintura da cachoeira de 1895.


A cachoeira e suas belezas sempre exploradas e admiradas.



Turistas registram momentos eternos ao lado da cachoeira.
Uma imagem da cachoeira que se encontra no arquivo da Fundação Getulio Vargas
A cachoeira de Paulo Afonso em um postal antigo.
Uma Antiga fotografia da cachoeira

 Enviado para este blog pelo escritor e pesquisador do cangaço João de Sousa Lima

Sedição...

Por: Manoel Severo

Alimentei a ansiedade até não aguentar mais! Na verdade acompanhamos a produção da minisérie Sedição de Juazeiro, ainda bem no início de sua criação; por diversas vezes estivemos conversando com o jornalista Jonasluis da Silva, de Icapuí, e sempre me encantava com o entusiasmo e a grandeza com a qual o talentoso Jonas nos falava de seu sonho.

O tempo foi passando e a produção saía a campo para as primeiras filmagens. Nosso Cariri; os municípios de Crato, Juazeiro do Norte, Barbalha e Missão Velha, foram definidos para as tomadas que iriam nos trazer a realidade de um dos maiores épicos de nossa região. Passamos alguns dias ao lado da equipe; observando, curiando, surpreendendo-se, enfim... Na verdade, ficávamos a imaginar o quanto de dedicação e esforço estavam ali depositados, e quantas dificuldades ainda haveriam de surgir...

Jonasluiz, de Icapuí e Manoel Severo

 
Platéia seleta para o lançamento da Sedição de Juazeiro,
no Cariri Cangaço
 

O tempo foi passando e em outra visita ao jornalista Jonas fomos convidados a assistir em primeira mão, o primeiro capítulo. Foi simplesmente sensacional; eu, o jornalista Heldemar Garcia e Aderbal Nogueira, estávamos tendo ali a oportunidade de compreender o porque do brilho nos olhos de todos os envolvidos na produção, quando se falava da mesma. De imediato ficou acertado que faríamos o lançamento dentro da Programação do Cariri Cangaço 2011 e assim foi feito. Na manhã do dia 22 de setembro no Teatro do SESC Juazeiro do Norte, uma platéia seleta, composta por mais de 120 pesquisadores de todo o Brasil, puderam testemunhar uma das mais brilhantes produções da televisão brasileira de todos os tempos: Sedição de Juazeiro.

Renato Casimiro, Daniel Walker, Renato Dantas, Jonasluis de Icapuí, Aderbal Nogueira, fomaram ao  nosso  lado, a Mesa de Apresentação e Debate nesse momento inesquecível que foi seu lançamento. Não teria palavras para aquilatar a grandeza da produção, agora é aguardar o dia a hora e os canais que irão levar ao grande público a tão esperada minisérie Sedição de Juazeiro.
Manoel Severo
 

APRENDA A TER UM INFARTO! É muito simples !

"A sabedoria que vem do céu é antes de tudo pura; e é também pacífica, bondosa e amigável. Ela é cheia de misericórdia, produz uma colheita de boas ações." (Tiago, 3)

Atenção!   Cuidem-se!

APRENDA A TER UM INFARTO! É muito simples! 

VAMOS INFARTAR!
COM UM POUCO DE ESFORÇO CONSEGUIREMOS!
ABRAÇOS

SERÁ QUE VOCÊ QUER TER UM INFARTO?

DOZE CONSELHOS
PARA TER UM INFARTO FELIZ!
Dr. Ernesto Artur - Cardiologista
Quando publiquei estes conselhos 'amigos-da-onça' em meu site, recebi uma enxurrada de e-mails, até mesmo do exterior, dizendo que isto lhes serviu de alerta, pois muitos estavam adotando esse tipo de vida inconscientemente.

1. Cuide de seu trabalho antes de tudo.
As necessidades pessoais e familiares são secundárias.

2. Trabalhe aos sábados o dia inteiro e, se puder,
também aos domingos.

3. Se não puder permanecer no escritório à noite,
leve trabalho para casa e trabalhe até tarde.

4. Ao invés de dizer não, diga sempre sim a tudo
que lhe solicitarem.

5. Procure fazer parte de todas as comissões,
comitês, diretorias, conselhos e aceite todos os
convites para conferências, seminários, encontros, reuniões, simpósios etc.

6. Não se dê ao luxo de um café da manhã ou
uma refeição tranqüila. Pelo contrário, não perca tempo e aproveite o horário das refeições para fechar negócios ou fazer reuniões importantes..

7. Não perca tempo fazendo ginástica, nadando, pescando, jogando bola ou tênis. Afinal, tempo é dinheiro.

8. Nunca tire férias, você não precisa disso. Lembre-se que você é de ferro. (e ferro, enferruja!!. .rs)

9. Centralize todo o trabalho em você, controle e examine tudo para ver se nada está errado.. Delegar é pura bobagem; é tudo com você mesmo.

10. Se sentir que está perdendo o ritmo, o fôlego e pintar aquela dor de estômago, tome logo estimulantes, energéticos e anti-ácidos. Eles vão te deixar tinindo.

11. Se tiver dificuldades em dormir não perca tempo: tome calmantes e sedativos de todos os tipos. Agem rápido e são baratos.

12. E por último, o mais importante: não se permita ter momentos de oração, meditação, audição de uma boa música e reflexão sobre sua vida. Isto é para crédulos e tolos sensíveis.

Repita para si: Eu não perco tempo com bobagens.
Duvido que voce não tenha um belo infarto se seguir os conselhos acima!!!

IMPORTANTE:
OS ATAQUES DE CORAÇÃO

Uma nota importante sobre os ataques cardíacos..
Há outros sintomas de ataques cardíacos, além da dor no braço esquerdo. Há também, como sintomas vulgares, uma dor intensa no queixo, assim como náuseas e suores abundantes.

Pode-se não sentir nunca uma primeira dor no peito, durante um ataque cardíaco. 60% das pessoas que tiveram um ataque cardíaco enquanto dormiam, não se levantaram... Mas a dor no peito, pode acordá-lo dum sono profundo.

Se assim for, dissolva imediatamente duas Aspirinas na boca e engula-as com um bocadinho de água. Ligue para Emergência (192, 193 ou 190) e diga ''ataque cardíaco'' e que tomou 2 Aspirinas. Sente-se numa cadeira ou sofá e force uma tosse, sim forçar a tosse pois ela fará o coração pegar no tranco; tussa de dois em dois segundos, até chegar o socorro.. NÃO SE DEITE !!!!

Um cardiologista disse que, se cada pessoa que receber este e-mail, o enviar a 10 pessoas, pode ter a certeza de que se salvará pelo menos uma vida !
REPASSE, NÃO DOI NADA!
Jesus te ama!
Roberto Borges Evangelista 
Associação Portal Alvorada Jeremoabo-Ba
http://blogdomendesemendes.blogspot.com

domingo, 23 de outubro de 2011

JOSÉ RIBEIRO FILHO - O CANGACEIRO ZÉ SERENO


Por: José Mendes Pereira



José Ribeiro Filho - o cangaceiro "Zé Sereno", nasceu em 22 de Agosto de 1913, na Fazenda dos Engrácias, no município de Chorrochó, no Estado da Bahia. Era filho de José Ribeiro e de dona Lídia Maria da Trindade.  Sua mãe era irmã dos cangaceiros Antônio e Cirilo de Engrácias. 

Zé Sereno - visitando escola em São Paulo

Dona Lídia também era  irmã do cangaceiro Faustino, "Mão de Onça", sendo este pai do terrível cangaceiro Zé Baiano, o ferrador do bando de Lampião.

Zé Baiano

Zé Baiano andava com um ferro de ferrar animais com as iniciais "JB", as primeiras letras do seu nome. Para suas maldades alheias onde ferrava mulheres e homens, de preferência no rosto. Zé Baiano era primo carnal do cangaceiro Zé Sereno, isto é, pai  e mãe eram irmãos dos pais de Zé Sereno.   Zé Baiano e Zé Sereno eram primos legítimos do cangaceiro Mané Moreno.

Mané Moreno

Zé Sereno andou no bando de Lampião com sua esposa Sila,


Adília, à esquerda, Sila, à direita

até no dia do massacre na Grota de Angico, onde mataram Lampião, Maria Bonita e mais nove cangaceiros, sobre o comando do oficial alagoano tenente João Bezerra.  

Zé Sereno em leito de Hospital

Zé Sereno e Sila saíram ilesos do massacre, isto é, não foram atingidos pelas balas.  O ex-cangaceiros Zé Sereno só veio a falecer em 16 de fevereiro de 1981, no Hospital Municipal de São Paulo.  Sua mulher Sila  faleceu no dia 15 de Outubro de 2005, também na capital Paulista.

Fonte de pesquisas:
do amigo Guilherme Machado
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REVENDO - DIÁRIO DE VIAGEM

Por: Honório de Medeiros


Diário de Viagem Por: Honório de Medeiros

Imagens da bela serra de Martins-RN

De volta à Mossoró, após irmos a Uiraúna e Martins.

O projeto de visita a São Miguel foi trocado por um convite de Etelânio Figueirêdo e Catarina para conhecermos a Casa Grande da Fazenda Canadá, em Uiraúna, aquela mesma invadida por


Lampião


e que Massilon não deixou depredar, porque conhecia seus proprietários.
Teodoro Figuerêdo e sua esposa, seus tios, nos receberam com aquela gentileza que caracteriza o sertanejo. Nos mostraram tudo. A Casa Grande começou a ser construída nos Séc. XVIII, no ciclo do couro. O sobrado, mais recente, é de 1900, início do Séc. XX. Tudo tão interessante, tão belo, que eu fiquei de voltar com Bárbara Lima para fazermos um ensaio fotográfico.

De lá, um almoço e a fidalguia de Seu Bosco e Dna. Socorro, pais de Catarina, no Curupaity, nos aguardava. Comida farta e da melhor qualidade, uma tradição que há de ser mantida, se Deus quiser. Depois da conversa na varanda, o cafezinho, os agradecimentos, pegamos a estrada no rumo de Martins.

Na "bela serra" encontramos, eu e Carlos Santos, Raimunda e sua família. O pato, a ser degustado no dia seguinte, domingo, foi logo garantido. Fomos aos mirantes. Terminamos no Jacu, maravilhados com as luzes das cidades se recortando contra o negro da noite, lá embaixo, no vale. Como Martins é especial...

Aderbal, Carlos Santos, Honório de Medeiros e Severo

Hoje, já em Mossoró, visita à Fundação "Coleção Mossoroense", do grande Vingt-Un Rosado.


Ciceroneados por Caio Cezar Muniz, o curador da coleção, poeta aclamado, autor de "E Na Solidão Escrevi", 1996, "Notívago", 1998, a educação em pessoa, eu e


Kidelmyr Dantas, que anda preparando um livro acerca de Luis Gonzaga, tivemos acesso ao trabalho de "recolocar o bonde nos trilhos" que Vingt- un concebera e criara. Fomos presenteados com algumas publicações da coleção: dentre elas, preciosidades de

Um grande historiador, mas a Prefeitura de Mossoró virou às costas para ele - Raibrito 

Raimundo Soares de Brito, a tanto tempo tão silencioso. Terá sido acometido da Síndrome de Bartleby?
Amanhã visito o Museu de Mossoró, em busca dos jornais da década de 20. Quero entender os meandros políticos daquela época nesta cidade. Buscar ecos do passado, para explicar certos fatos ainda nebulosos...


Hoje a noite, no Café Massilon, bate-papo de beira de calçada, uma das boas coisas do mundo quando o vento bate, o escuro chega, os amigos estão próximos, e os "causos" vão sendo contados, um a um, mentira após mentira, a perder de vista, até a hora que o sono bate.
Vou indo.
Honório de Medeiros
Fonte: honoriodemedeiros.blogspot.com

NOTA DO CARIRI CANGAÇO: Honório de Medeiros será um dos conferencistas do Cariri Cangaço 2010, com  tema envolvendo os bastidores da invasão de Mossoró e a influência política dos coronéis.

http://blogdomendesemendes.blogspot.com